Experimento inédito na Educação ganha destaque no jornal Valor Econômico

ATUALIZADA EM 06/03/2024

O Programa Ciência e Gestão Pela Educação (PGCE), idealizado pelo conselheiro Felipe Puccioni, do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRio) ganhou destaque, hoje (06/03), no jornal Valor Econômico com a publicação de um artigo do professor Tiago Cavalcanti, mestre em Economia da Universidade de Cambridge, em Londres, e da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo (FGV-SP).

O PGCE é tema do PhD do conselheiro Felipe Puccioni na Trinity College, a mais disputada escola da Universidade de Cambridge, e motivou a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre a entidade, o TCMRio e a Secretaria Municipal de Educação (SME) da cidade do Rio.

Desde 2021, quando teve início esse trabalho inédito no país, Felipe Puccioni licenciou-se do cargo de conselheiro para coordenar a realização do mais inovador experimento científico que pode mudar a Educação no Brasil, e é considerado um dos mais importantes já feitos no mundo sobre o tema.

Mesmo ainda não podendo ter seus resultados divulgados, o que só ocorrerá após sua publicação científica, o PGCE foi mencionado no artigo escrito pelo professor, que é orientador do conselheiro Puccioni em Cambridge, considerando o impacto do programa bastante relevante. "Em dois anos, os alunos das escolas "tratadas" aprenderam o equivalente ao que se aprende em um pouco mais de 3 anos nas escolas do Rio de Janeiro, em comparação com os estudantes das escolas que não participaram do programa", destacou Tiago Cavalcanti.

Realizado desde o início de 2021, o PGCE foi concluído em dezembro de 2023 e está pronto para ser apresentado para a banca de especialistas e ter seus resultados divulgados em publicações científicas. O professor Tiago Cavalcanti revelou, em seu artigo, que as escolas que receberam apoio do programa nesse período foram 50% mais eficientes.

Segundo ele, se os municípios brasileiros adotassem o PGCE, o Brasil poderia alcançar o mesmo nível de eficiência nos gastos com educação assim como os países de renda alta, como França ou Estados Unidos, e também atingir um desempenho na prova do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), semelhante ao observado no Chile.

Para Tiago Cavalcanti, os dados alcançados no experimento deixam evidente que o problema educacional do país tem mais a ver com a eficiência dos gastos públicos em educação do que com o valor gasto por estudante.

A realização dessa parceria, com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica, feito em três níveis, é uma iniciativa inovadora e junta o órgão de fiscalização (TCMRio), com o Executivo (SME) e a Academia, através da Universidade de Cambridge, para sair do "achismo" e encontrar formas efetivas de buscar soluções para o melhor desenvolvimento de uma das políticas públicas mais importantes de atendimento à população.

Para o presidente do TCMRio, Luiz Antonio Guaraná, esse projeto é um contraponto à triste notícia sobre a Educação no Brasil, com a divulgação recente do Pisa, ranking de educação mundial. "Para mim, é um orgulho poder estar ajudando no desenvolvimento desse programa científico com o objetivo de alcançar melhores resultados. Espero que isso possa se refletir na educação de gerações futuras. E, quem sabe daqui a 10 anos, graças ao trabalho desenvolvido hoje por meio desse experimento, professores, gestores da Educação e todos nós, possamos nos orgulhar de ter contribuído positivamente para a melhora dos números conquistados", afirmou Guaraná.

O secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, também é outro forte entusiasta dessa atuação entre as instituições e, principalmente, do papel inovador do TCMRio, que decidiu aliar-se na busca de melhores resultados para essa importante política pública, ao invés de apenas manter sua atividade punitiva e fiscalizadora.

Acesse abaixo, o artigo no jornal Valor Econômico.


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